Aconteceu na tarde deste sábado (26), as 14hs, no Auditório do ICBA (Corredor da Vitória) a primeira palestra da série de encontros "Salvador na Roda 2011".
Na ocasião urbanistas e arquitetos tentaram levantar , junto a platéia presente , soluções para os problemas evidentes de segregação urbana dentro da extensão territorial de Salvador. Soluções de mobilidade urbana como a bicicleta ou os demais modelos europeus de planejamento urbano ,foram duramente criticados por cerca de 102 participantes do debate polêmico no decorrer da tarde.
Representantes dos bairros de Itapagipe, Pernambués, Nordeste de Amaralina ,Imbuí e do Recôncavo Baiano se mostraram preocupados com a ausência de discurso com referência as comunidades de baixa renda em Salvador , dentro das explicações dos palestrantes do "Salvador na Roda." Como explicar a estas comunidades que a bicicleta pode gerar mobilidade no transporte diário sem que esbarremos nas questões referentes a violência? Como copiar um modelo de geração de renda e sustentabilidade sem que questões educacionais sirvam de "piada" nas rodas de debate das lideranças comunitárias ou nos núcleos de movimentos sociais especializados. Estamos brincando de ser soteropolitanos ou estamos assistindo o "caos" sem questionar o que de fato deve ser pauta neste período que antecede as Eleições 2012 e a Copa 2014.
Como ouvir de um urbanista que a resposta para os problemas de uma comunidade carente é única e exclusivamente uma bicicleta? E o saneamento básico, e o direito de ir e vir com segurança, e a educação sócio-política destes moradores destas comunidades?
Por fim , prefiro ficar com a resposta rápida e prática que me serviu como " analgésico " dada por André , engenheiro ambiental, para a tarde deste sábado.
" - Se faz necessário que as comunidades pratiquem o exercício de cobrança de seus direitos através do exercício da cidadania marcando presença em rodas de debate como o "Salvador na Roda".
Vale a pena participar destes ciclos de palestras .
O núcleo empresarial e de profissionais da esfera imobiliária de Salvador precisa entender que os moradores das " incrustações" da malha urbana de Salvador não são mais tão "coadjuvantes" da ausência de um gestor público a altura de suas demandas urbanas diárias. Os bairros possuem uma representação significativa e cada vez mais os movimentos sociais organizados tem mostrado isso nas audiências públicas.
Como é possível correr a "revelia" em nossa cidade que o novo diretor da CONDER seja um dos ex- diretores da OAS designado pelo então governador do Estado?
Sim nós podemos...É um processo histórico de segregação e manipulação mais através do esclarecimento muito pode ser mudado nas urnas em 2012.
Texto Foto e Vídeo : Patrícia Bernardes
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