terça-feira, 27 de abril de 2021

A Indecência do Trabalho Decente


por Patrícia Bernardes 

Na semana em que a Bahia anualmente avalia as condições para a execução para o “Trabalho Decente” por conta das reflexões da passagem do Dia da Empregada Doméstica , celebrado 27 de abril de 2021 ,
 já mergulhamos em contradição . Adjetivo que atribui decoro e excesso de pudor ao seu conceito , a palavra “ decente” nos impacta ao contraditório do dia a dia do trabalhador brasileiro e , em especial , a trabalhadora doméstica soteropolitana . 

 Não estou aqui para desmerecer a nossa Constituição que atribui a trabalhadora doméstica direitos “ espanados e aspirados” somente após os seus primeiros relatos históricos de origem desde a invasão posterior a escravidão no Brasil . Se entendermos que “ categoria laboral” vigente nos remete ao entendimento de todos os aspectos sociais, econômicos e físicos de labuta , entramos em ciência das inúmeras infrações legais ao qual vem sofrendo esta categoria . 

 A linha tênue entre o conceito de trabalho e o conceito de decência se perdeu diante a evidência da postura animalesca exaustivamente exposta nas mídias sociais, para além do jornalismo. Retornando ao cárcere, não só das máscaras e do álcool em gel , Salvador amanhece todos os dias com relatos de “ cárcere” não mais pautado em exemplos históricos que ladeavam o Mercado Modelo e demais pontos de desembarque de navios negreiros . 

 Em 2021 o desembarque da oralidade desta nova escravidão se dá na Estação da Lapa , na Estação Pirajá e em todos os demais pontos de desembarque do Metrô de Salvador .

Nicho com Patrícia Bernardes

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Pílula de Notícias. Cárcere Doméstico

https://youtu.be/WiittRa9Bpk