Do momento em que avisamos aos nossos pais da chegada do nosso primeiro fluxo menstrual , passando pela primeira consulta ginecológica até a primeira experiência sexual , somos "colonizadas " a acreditar que TUDO relacionado ao sentimento de prazer é um estímulo profano ao que é determinado como sujo, impróprio e/ou vergonhoso na sociedade em que vivemos . Não trarei aqui no meu post exemplos múltiplos de fracassos pessoal e/ profissional do universo feminino quando o assunto é ausência completa de sentimentos de pertencimento de nosso prazer no núcleo familiar .
Dizer que algo é prazeroso nos trás um holofote perverso, em qualquer instância de nossas vidas, por pura cultura secular machista de que nós mulheres temos que satisfazer apenas o desejo da ejaculação e ascensão profissional masculina e não demonstrar êxito de sensações gostosas em nosso corpo ou em nosso olhar.
O efeito colateral disso , muitas de nós são pejorativamente nomeadas como safadas , oferecidas e,por muitas vezes, "não servindo pra casar" . Uma sociedade conservadora adoece mulheres incríveis por pura cultura colonizadora de que gozar a vida é só para homens. Sentir prazer no autocuidado de nossos corpos objetivados e erotizados só pode ser com a luz apagada e o lençol por cima do nosso corpo para não despertar nada " fora da vontade de Deus ".
A pandemia nos mostra o outro lado dessa sensação de prazer já que maridos e esposas ,das mais diversas opções sexuais , se viram desafiados a criatividade em REinventar suas relações amorosas sexuais dando um ultimato a permanência de se estar ou não juntos pós pandemia.
Hidratar nossos corpos, depilar nossas áreas íntimas, conhecer o odor de nossa menstruação , entender os gatilhos prévios de nossa TPM e ter um momento de qualidade ao nos banhar antes de começar o dia é um DIREITO de toda mulher que deseja saber e entender o que lhe dá prazer (com ou sem seu parceiro (a) .
Se toque , se sinta , se permita e não adoeça .