sábado, 28 de janeiro de 2012

Yemanjá é Black

Serviço:

Evento: Yemanjá é Black, na Festa do Rio Vermelho, Salvador BA
Data: 02/02/2012, das 11h às 18 h
Local: Sunshine Bar (antigo Idearium)
Atrações:
DJ Bandido, grupo Bambeia e convidados
Promoção: Jorge Washington, Madá Negrif e Pronto Comunicação e Cultura
INGRESSOS: R$ 30,00 (trinta reais), com direito a feijoada e uma camiseta exclusiva "Yemanjá é Black" da Negrif

Vendas: Rua Carlos Gomes .Edf Bariloche (após a casa das bolsas)
71 8876-4768



Fábrica Cultural recruta educadores sociais



O Projeto de inclusão sócio-produtiva da Fábrica Cultural está precisando de educadores sociais. A "grande reforma" começa pela Educação.
A Fábrica Cultural fica na Av. Beira Mar, 440, Ribeira.
Telefone: 3207-6597

Jornal do Beru discute conduta antiracista


SERVIÇO

O quê: Seminário “Comunicação, Linguagens e a Luta Antiracista”; lançamento da primeira mostra fotográfica a céu aberto sobre o Beirú.
Onde: Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, Rua Paraíba, 1.389, final de linha de ônibus do bairro Beirú/Tancredo Neves – Salvador, Bahia.
Quando: 28 de janeiro de 2012 – sábado.
Horário: 14h às 20h
Contatos: 071 9279-6135 (Vilma Neres – assessoria de comunicação)
Acesse: http://jornaldobeiru.com/
Facebook: http://facebook.com/projetojornaldobeiru

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Na "Terra dos Encantos e Axé"...quem tem influência é REI



Na "Terra dos Encantos e Axé" que irá homenagear o poeta Jorge Amado (ex- ditadura declarado), quem tem influência é REI. Sujeitos a humilhações e falta de patrocínio constante, a UNESAMBA terá que engolir o desejo "imperial" de Bell Marques em encontrar com seus filhos na Praça Castro Alves na abertura do Carnaval. Nada contra ao desejo popular " sem cordas" para uma BANDA que custa cerca de R$2.500 (o abadá).
O problema é a "truculência" declarada pela AMBEV (através da SKOL)em patrocinar artistas que tem condições financeiras e não responder aos requerimentos dos pequenos BLOCOS da cidade de Salvador.

"Zoneamento do Carnaval" ou exclusão declarada?


A Superintendência Municipal de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom) apresenta, nesta terça-feira (24), o Plano de Zoneamento do Carnaval de Salvador. O projeto traça as áreas onde cada atividade é permitida nos circuitos da folia momesca e nas festas organizadas nos principais bairros da capital baiana. De acordo com o superintendente Cláudio Silva, o que estiver fora dos limites será facilmente identificado pela fiscalização, que terá atuação "incisiva”.
Dentro do chamado "Zoneamento" onde ficará nosso povo negro empreendedor sem dinheiro para pagar as taxas ALTAS de LICENÇA da Prefeitura Municipal de Salvador? "Tapumes" para conter o silêncio ou para conter nossos excluídos do Carnaval de Salvador?
Bernardes Comunicação Ssa

"Muito + Nada a Dizer" com Rita Batista



Que a cidade de Salvador se orgulha tremendamente da radialista Rita Batista é FATO...mais que até o poderoso chefão Mario Kertesz (Metrópole Tevê)também já se pronunciou a respeito ,nós já esperávamos. Meu pai Oxalá...Em minhas tardes de final de férias do SENAC não consigo aceitar o que está contecendo com minha referência negra baiana nas telas da Band Nacional. Que Adriane Galisteu vive numa "atmosfera dúbia de distorção e euforia na notícia" , nós sabemos. O problema é digerir minha preta competentíssima ,Rita Batista,ser esquecida naquele "canto de sofá" ao lado daquelas figuras "bizarras" numa pauta vazia e ainda por cima com veiculação diária. Tem misericórdia minha Oxum...Abre logo outra PORTA de trabalho pra sua filha...Bernardes Comunicação Ssa

Combate à Intolerância Religiosa lota a UFBA



“Uma comemoração com a beleza e a dimensão à altura da importância da data”. Com estas palavras, a ouvidora-geral da Câmara Municipal de Salvador, vereadora Olívia Santana (PCdoB), definiu a celebração do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, realizado neste sábado (21/01), no Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O ato de celebração da data e culminância do projeto “Unidos Contra a Intolerância Religiosa”, promovido pela Ouvidoria da Câmara, em parceria com o Centro de Educação e Cultura Popular (Cecup) e a União de Negros pela Igualdade (Unegro), lotou o auditório e as galerias da sede da UFBA, com representações de distintas correntes religiosas.

Olívia iniciou a cerimônia agradecendo à yalorixá Mãe Stella de Oxóssi, ao médium e líder espírita José Medrado, ao padre Gaspar Sadoc e ao pastor Djalma Torres, que cederam as suas imagens e vozes para o projeto. “Saudamos com alegria e gratidão a estas memoráveis figuras que compreenderam a grandeza deste projeto e concordaram em participar da campanha”. Em seguida, a vereadora resgatou a história da data, relembrando a morte da yalorixá Gildásia dos Santos, conhecida como Mãe Gilda, e a luta da família da vítima em busca de justiça. Olívia lembrou ainda, que o dia 21 de janeiro é também o Dia Mundial da Religião. “Não entendo o porquê da existência da intolerância religiosa, já que todas as religiões pregam a paz e o amor”, questionou.

Afirmando que todos os líderes religiosos, se interrogados, manifestariam-se contrários à intolerância religiosa, Medrado disse não saber o motivo da existência desta mazela. Segundo o médium, a resposta para esta questão pode estar no distanciamento entre a teoria e a prática. “Precisamos deixar de apenas falar neste tema e praticar o respeito no nosso cotidiano”. Para ele, o povo de santo, “o mais massacrado pela intolerância”, deveria deixar de pedir tolerância e “exigir respeito”. Mãe Stella destacou que religião não combina com discriminação e intolerância. A religiosa entoou um cântico em ioruba, sendo acompanhada e aplaudida de pé por todo o auditório. Gesto semelhante fez o pastor Djalma Torres, que evocou em oração a união de todos os credos.

Homenagem e conquistas

A cerimônia, que contou com o apoio do Governo do Estado, da Fundação Cultural Palmares, dos ministérios públicos Estadual (MP-BA) e Federal (MPF-BA), e da Federação Nacional do Culto Afro-Brasileiro (Fenacab), homenageou o Terreiro Zogbodo Male Bogun Seja Unde, também conhecido como Roça do Ventura, pela luta que vem travando contra a intolerância religiosa. Situado no município de Cachoeira, a 110 km de Salvador, o terreiro enfrenta, desde 2010, uma batalha contra a invasão das suas terras. O presidente da Sociedade Religiosa da Roça do Ventura, Edvaldo Conceição, agradeceu às homenagens e disse que “tudo isso representa mais uma vitória para a luta pelo respeito à liberdade religiosa”. Na oportunidade, o procurador regional dos Direitos do Cidadão do MPF, Domênico D'Andrea Neto, informou sobre a liminar expedida pela 13ª Vara da Justiça Federal, defendendo a propriedade do terreiro. Destacou ainda as atuações em defesa do terreiro, do procurador-geral de Justiça do MP-BA, Wellington César Lima e Silva, e da promotora de Justiça Márcia Virgens.

A coordenadora nacional da Comissão das Comunidades Tradicionais da Unegro, Nylsia dos Santos, e o coordenador-geral do Centro de Educação e Cultura Popular (Cecup), Edmundo Kroger, parceiros do projeto, comemoraram a realização da campanha e do ato de celebração. “São notórios os avanços da democracia no nosso país e as conquistas do povo de santo. Mas ainda é preciso muito mais. Precisamos exigir o direito à igualdade”, destacou Nylsia, conclamando os religiosos a participarem dos processos políticos.

O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA), autor da Lei 11.635/07, que instituiu o 21 de janeiro como Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, creditou a criação da data à ação da sociedade. “Todos os méritos para a instituição desta data, para este belíssimo ato que participamos hoje e para todas as demais conquistas devem ser dados à participação e a luta da nossa sociedade por um país melhor”, assinalou. Para o presidente da Fundação Cultural Palmares, Eloi Araújo, que ressaltou a histórica perseguição às religiões de matriz africanas no país, a realização do ato representava mais uma conquista na luta pela liberdade religiosa. Elias Sampaio, secretário estadual de Promoção da Igualdade Racial, destacou a importância da contribuição de cada um dos presentes pelos avanços democráticos no estado e no país.

A Orkestra Rumpilezz, sob o comando do maestro Letieres Leite, deu o tom do encerramento da cerimônia, brindando os presentes com um concerto onde a mistura do clássico e da musicalidade africana, reverenciava o encontro das diferenças e convidava a todos ao convívio em harmonia.




enviado por

Wellington Oliveira

Assessoria de Comunicação

Ouvidoria da Câmara Municipal de Salvador

Tel.: +55 71 3320-0438 | 8844-3422

Sobre Salvador, o povo Bahiense e a LOUS



Marcos Rezende
é historiador e religioso de Matriz Africana


Tem duas frases que para mim resumem o atual momento de Salvador, uma é de Gregório de Matos “a mim me bastava que o prefeito desse um jeito na cidade da Bahia” e a outra é a que percorreu as ruas de Salvador em 1798 quando da Revolta dos Búzios e foi elaborada pelos seus sediciosos: "Animai-vos Povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade, o tempo em que todos seremos irmãos: o tempo em que todos seremos iguais."
Apesar de uma ter sido publicada no século XVII e a outra no século XVIII, épocas em que manifestações não se avolumavam através de notificações no Facebook, as duas têm reflexos na situação atual da cidade do Salvador e dialogam concretamente com o que vivemos hoje, afinal de contas se complementam frente ao grande desafio da Lei de Ordenamento de Uso do Solo (LOUS), da mobilidade urbana e a necessidade de pensar a cidade considerando a sua diversidade e a questão étnico racial.

Havia um tempo em que para sair nos blocos de carnaval tinha que preencher ficha, com foto e endereço, daí tinha uma análise para ver quem estava apto a ser de tal bloco. Ninguém assumia, mas naquela época era inimaginável que uma mulher negra com dreads nos cabelos e moradora de Mussurunga pudesse ter a sua ficha avalizada no Eva que fazia propaganda na televisão com o seguinte áudio: “Eva o metro quadrado mais bonito da avenida” enquanto as imagens em câmera lenta mostravam longas madeixas loiras mexendo de um lado para o outro. Era o tal do racismo velado brasileiro, hoje o cantor Saulo empresta sua voz a boneco negro em videoclipe e debate o encontro dos trios na Praça Castro Alves, um avanço conquistado com muita luta.

Mas Mussurunga continua lá e juntamente com Cajazeiras City, Bairro da Paz, Fazenda Coutos, Plataforma, Paripe, Escada, São Cristovão, IAPI, Avenida Peixe, Sussuarana, Pau da Lima, Vila Canária, Marechal Rondon, Alto do Coqueirinho, Pela Porco, Santo Inácio, Liberdade, Pirajá, Jardim Cajazeiras, Castelo Branco, Beiru, só para citar alguns, formam o cotidiano étnico racial desta cidade.

O geógrafo Milton Santos que tão bem descreveu as relações étnico raciais neste país trata esta questão da seguinte maneira:

“Se me perguntam se a classe média é formada por cidadãos. eu digo que não... Em todo caso no Brasil não é, porque não é preocupada com direitos, mas com privilégios. (sic) E o fato de que a classe média goze de privilégios e não de direitos, que impede aos outros brasileiros de ter direitos. É por isto que no Brasil quase não há cidadãos. Há os que não querem ser cidadãos que são as classes médias, e há os que não podem ser cidadãos que são todos os demais, a começar pelos negros que não são cidadãos. Digo-o por ciência própria. Não importa a festa que me façam aqui e ali, o cotidiano me indica que não sou cidadão neste país... (sic) cidadania mutilada também na localização dos homens, na sua moradia. Cidadania mutilada na sua circulação. Este famoso direito de ir e vir, que alguns nem imaginam existir, mas que na verdade é tolhido para uma parte significativa da população... (sic) o meu caso é o de todos os negros deste país, exceto quando apontado como exceção. E ser apontado como exceção além se ser constrangedor para aquele que o é, constitui algo de momentâneo, de impermanente, resultado de uma integração casual”.

A votação da Lei de Ordenamento e Uso do Solo (LOUS) mostra isto. A cidade continua a ser lugar de poucos não importando a época. As frases e pensamentos de séculos diversos refletem isto, os representantes eleitos com voto do povo atendem a interesses individuais e ao capital especulativo, sem se preocupar com a cidade e sua diversidade, como canta Edson Gomes “este sistema é um vampiro”.

O atual prefeito é a síntese disto, destoando de tudo que é coletivo e tratando a cidade como uma criança a construir castelos de areia nas praias sem barracas. No mesmo esteio, parcela significativa de vereadores mendiga ao Prefeito cargos para os seus apadrinhados e fazem negócios escusos com as grandes corporações.

Ora, ao destruir as reservas de Mata Atlântica, aumentar a zona de sombreamento das praias da cidade, ampliar o gabarito para a construção de hotéis na orla da cidade dificultando a ventilação e elevando o aquecimento de bairros onde vivem negros, instala-se o caos na cidade e escancara-se o racismo ambiental. No geral o conceito da LOUS é: mais para quem tem mais em detrimento a quem nunca teve direito algum. O sórdido pano de fundo é a construção de uma cidade melhor e mais moderna.

Os habitantes da cidade de Salvador a cada dia se manifestam mais contra tais descalabros e o conceito que percorre a internet não é diferente da crítica mordaz de Gregório de Matos alcunhado, Boca de Brasa, ou dos panfletos sediciosos da Conjuração dos Alfaiates que acabou com o esquartejamento dos quatro negros que hoje fazem parte do panteão de heróis nacional.

Mas uma coisa é fato, a justiça chega. Às vezes pode demorar 200 anos, como foi para reconhecer como heróis os líderes negros da Revolta dos Búzios João de Deus, Lucas Dantas, Luis Gonzaga e Manuel Faustino. Oxalá permita, a justiça também pode vir rapidamente em quatro anos para muitos vereadores ou em oito para o atual prefeito da Cidade de Salvador.

Apesar de uma ter sido publicada no século XVII e a outra no século XVIII, épocas em que manifestações não se avolumavam através de notificações no Facebook, as duas têm reflexos na situação atual da cidade do Salvador e dialogam concretamente com o que vivemos hoje, afinal de contas se complementam frente ao grande desafio da Lei de Ordenamento de Uso do Solo (LOUS), da mobilidade urbana e a necessidade de pensar a cidade considerando a sua diversidade e a questão étnico racial.

Havia um tempo em que para sair nos blocos de carnaval tinha que preencher ficha, com foto e endereço, daí tinha uma análise para ver quem estava apto a ser de tal bloco. Ninguém assumia, mas naquela época era inimaginável que uma mulher negra com dreads nos cabelos e moradora de Mussurunga pudesse ter a sua ficha avalizada no Eva que fazia propaganda na televisão com o seguinte áudio: “Eva o metro quadrado mais bonito da avenida” enquanto as imagens em câmera lenta mostravam longas madeixas loiras mexendo de um lado para o outro. Era o tal do racismo velado brasileiro, hoje o cantor Saulo empresta sua voz a boneco negro em videoclipe e debate o encontro dos trios na Praça Castro Alves, um avanço conquistado com muita luta.

Mas Mussurunga continua lá e juntamente com Cajazeiras City, Bairro da Paz, Fazenda Coutos, Plataforma, Paripe, Escada, São Cristovão, IAPI, Avenida Peixe, Sussuarana, Pau da Lima, Vila Canária, Marechal Rondon, Alto do Coqueirinho, Pela Porco, Santo Inácio, Liberdade, Pirajá, Jardim Cajazeiras, Castelo Branco, Beiru, só para citar alguns, formam o cotidiano étnico racial desta cidade.

O geógrafo Milton Santos que tão bem descreveu as relações étnico raciais neste país trata esta questão da seguinte maneira:

“Se me perguntam se a classe média é formada por cidadãos. eu digo que não... Em todo caso no Brasil não é, porque não é preocupada com direitos, mas com privilégios. (sic) E o fato de que a classe média goze de privilégios e não de direitos, que impede aos outros brasileiros de ter direitos. É por isto que no Brasil quase não há cidadãos. Há os que não querem ser cidadãos que são as classes médias, e há os que não podem ser cidadãos que são todos os demais, a começar pelos negros que não são cidadãos. Digo-o por ciência própria. Não importa a festa que me façam aqui e ali, o cotidiano me indica que não sou cidadão neste país... (sic) cidadania mutilada também na localização dos homens, na sua moradia. Cidadania mutilada na sua circulação. Este famoso direito de ir e vir, que alguns nem imaginam existir, mas que na verdade é tolhido para uma parte significativa da população... (sic) o meu caso é o de todos os negros deste país, exceto quando apontado como exceção. E ser apontado como exceção além se ser constrangedor para aquele que o é, constitui algo de momentâneo, de impermanente, resultado de uma integração casual”.

A votação da Lei de Ordenamento e Uso do Solo (LOUS) mostra isto. A cidade continua a ser lugar de poucos não importando a época. As frases e pensamentos de séculos diversos refletem isto, os representantes eleitos com voto do povo atendem a interesses individuais e ao capital especulativo, sem se preocupar com a cidade e sua diversidade, como canta Edson Gomes “este sistema é um vampiro”.

O atual prefeito é a síntese disto, destoando de tudo que é coletivo e tratando a cidade como uma criança a construir castelos de areia nas praias sem barracas. No mesmo esteio, parcela significativa de vereadores mendiga ao Prefeito cargos para os seus apadrinhados e fazem negócios escusos com as grandes corporações.

Ora, ao destruir as reservas de Mata Atlântica, aumentar a zona de sombreamento das praias da cidade, ampliar o gabarito para a construção de hotéis na orla da cidade dificultando a ventilação e elevando o aquecimento de bairros onde vivem negros, instala-se o caos na cidade e escancara-se o racismo ambiental. No geral o conceito da LOUS é: mais para quem tem mais em detrimento a quem nunca teve direito algum. O sórdido pano de fundo é a construção de uma cidade melhor e mais moderna.

Os habitantes da cidade de Salvador a cada dia se manifestam mais contra tais descalabros e o conceito que percorre a internet não é diferente da crítica mordaz de Gregório de Matos alcunhado, Boca de Brasa, ou dos panfletos sediciosos da Conjuração dos Alfaiates que acabou com o esquartejamento dos quatro negros que hoje fazem parte do panteão de heróis nacional.

Mas uma coisa é fato, a justiça chega. Às vezes pode demorar 200 anos, como foi para reconhecer como heróis os líderes negros da Revolta dos Búzios João de Deus, Lucas Dantas, Luis Gonzaga e Manuel Faustino. Oxalá permita, a justiça também pode vir rapidamente em quatro anos para muitos vereadores ou em oito para o atual prefeito da Cidade de Salvador.


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Unegro promove evento contra intolerância religiosa na UFBA



A UNEGRO em parceria com a Ouvidoria da Câmara de Vereadores , convida a todos vocês para estarem presente neste sábado dia 21 de janeiro às 9hs na Reitoria da UFBA, para participar de uma grande cerimônia de celebração do Dia Nacional ao Combate à Intolerância Religiosa.
Contamos com a presença de todos!

Apresentação Orquestra Rumpilezz.



Casa do Acarajé Rita Brasil promove oficinas no Subúrbio



O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher em Salvador ,através da sua secretária geral e jornalista Patrícia Bernardes , participou na tarde desta terça (17/01) da inauguração da Casa de Acarajé Rita Brasil (Comunidade do Boiadeiro/Subúrbio Ferroviário). Na ocasião, também forma convidadas como palestrantes das oficinas as militantes negras a historiadora Diana Costa (Fórum de Mulheres Negras) , a pedagoga Sandra Munõz (militante do Movimento LGBTT) e a publicitária e membro do Instituto Mídia Étnica Luciane Reis.


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

"Festa da Purificação" homenageia Caetano Veloso



Todo o ano, na cidade de Santo Amaro da Purificação ocorre a tradicional Festa da Lavagem. Além dos cortejos religiosos, a Lavagem conta com diversas apresentações. A cidade fica pequena para o tamanho da comemoração. Vem gente de todo lugar celebrar com ao santamarenses, e com Dona Canô. A festa religiosa inicia com o cortejo na casa da família Veloso, e a procissão percorre as ruas até as escadarias da Igreja Matriz. Esse ano, em especial, é comemorado os 70 Anos de Caetano Veloso um dos filhos mais ilustres de Santo Amaro.

PROGRAMAÇÃO OFICIAL:

27 de JANEIRO:
- BANDA EVA
- MAGARY LORD
... - DANIEL VIEIRA
- FLÁVIO VENTURINI
- RAIMUNDO SODRÉ

28 de JANEIRO:
- JAU
- GERÔNIMO
- ULISES CASTRO
- BETO GUEDES
- MORENO VELOSO

29 de JANEIRO:
- CHITA FINA
- LUIZ CALDAS
- ARMANDINHO, DODÔ E OSMAR
- FLAVINHO E OS BARÕES
- COISA DE PELE, ADÃO NEGRO E DISSIDÊNCIA

30 de JANEIRO:
- ALCIONE
- ALEXANDRE PEIXE
- FRANK E ALEX
- LUIZ MELODIA
- ETERNAMENTE

31 de JANEIRO:
- CAETANO VELOSO E MARIA GADÚ
- DANIELA MERCURY
- PSIRICO
- MÁRCIO VALVERDE & LÍVIA MILENA

01 de FEVEREIRO:
- PENINHA
- "CIRCO"

02 de FEVEREIRO:
- GAL COSTA
- JORGE VERCILO, JORGE MAUTNER E J. VELOSO
- TATAU
- EDUARDO ALVES


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

"Noite da Deusa Atikum" agita o Pelourinho



O Bloco Ókánbí vai escolher a rainha do desfile do carnaval 2012 , no proximo dia 17, em ensaio na Praça das Artes(Pelourinho) patrocinado pela Petrobras. O título será disputado por 10 candidatas em evento com entrada franca. Tonho Materia e Banda Didá são os convidados.
Jorjão Bafafé, Banda Ókánbí Afro Pop animam a noite com o Ijexá Pop e o afrocubano, que já se tornaram o grande diferencial musical do bloco. Além disso, grupos de dança das alas do bloco( Sambuê, Arte de Dançar e Jogo de Ifá, entre outros) prometem incentivar os visitantes a cairem na dança com suas performances coreógraficas.

Tributo a Fela Kuti

Com um repertório que resgata a percussão ijexá , através da mistura de ritmos percussivos, os ensaios do Bloco Ókánbí prestam tributo ao nigeriano Fela Aikulapo Kuti, musico multiinstrumentista e criador do movimento afrobeat da decada de 70. Reconhecido mundialmente como um dos mais brilhantes pensadores do panafricanismo, Fela Kuti fez da sua musica uma arma na defesa dos direitos do povo africano contra a opressão do povo africano pelas oligarquias surgidas com a libertação do continente..
Segunda e terça feira do carnaval, carnaval o Ókánbí homenageia o músico desfilando com o tema “África 70. Um Tributo a Fela Kuti: A Música é a Arma”, estabelecendo um link entre a mistura de estilos musicais existentes no afrobeat e a mistura percussiva do afro cubano criado por Bafafé para marcar o trabalho musical da banda do bloco.
No ultimo ensaio, dia 19 de dezembro, lançamos na Praça Tereza Batista o CD “Nação Ijexá “ com casa cheia, muita mistura de ritmos e a participação
especial dos cantores Tatau e Tonho Materia. Com a Noite da Deusa Atikum com certeza não será diferente, até poque será uma terça-feira, dia de benção e nosso evento vai ser uma excelente alternativa para quem simpatiza com a música e a cultura de matriz africana, revela animado o percussionista Jorjão Bafafé.

Encontros de Compositores e de Blocos Afro

Até o carnaval, o Bloco Ókánbí tem programado mais 02 ensaios pontuais no Pelourinho. Dia 24 de janeiro também uma terça de benção, acontece o Encontro de Compositores na Praça Tereza Batista, evento que caracteriza o festival de musica do bloco, com participação de Aluisio Menezes, Tonho Materia, Portela Açucar, além dos compositores e interpretes que já inscreveram suas músicas como Adailton Poesia, Nito Gato e Cal Sambão.
Os classificados receberão prêmio no valor de R$ 500 para o primeiro lugar , R$ 300 para o segundo e R$200,00 para o terceiro lugar As inscrições vão até 20 de janeiro, na sede do bloco à Rua Boa Vista de Brotas No. 33 -1o. Andar das 14h às 18h, de segunda a sexta-feira telefone 34985354
Dia 07 de fevereiro será a ultima terça feira de ensaio do bloco com um Encontro de Blocos Afro, na Praça das Artes . “Pretendemos finalizar nossa temporada de ensaios em grande estilo, no que se refere à musica afro. Queremos retornar com Tatau e juntar nessa noite trabalhos de bloco já consolidados como o Malê, Muzenza, Cortejo e até mesmo o Ylê. Entre os blocos de mulheres convidaremos Didá e Mulherada, revela a jornalista Zezé Barbosa, coordenadora dos eventos.

Trabalho sócio-educativo

Ponto de Cultura Afro-brasileira no Engenho Velho de Brotas, exemplo vivo de herança africana, o Bloco Afro Okánbí foi criado em 23 de julho de 1982 e desde então vem atuando no bairro de Engenho Velho de Brotas, em Salvador resgatando, através do canto, da dança e da percussão, os símbolos mais significativos da cultura afro-baiana.
Hoje, reconhecido como Ponto de Cultura afro-brasileira na comunidade, desenvolve um trabalho de grande reconhecimento no segmento afro-descendente de Salvador, tendo implantado recentemente no bairro, uma Central de Inclusão Digital onde desenvolve oficinas de inclusão digital com atividades gratuitas de Iniciação em Informática para crianças de 07 a 14 anos e de Informática Básica para jovens e adultos da comunidade. Através dos projetos sociais que desenvolve, oferece também expectativas de opção de trabalho , de geração de renda e de exercício da cidadania para os grupos culturais que integram suas alas de dança .

Serviço:

O que: " Noite da Deusa Atikum" - Bloco Afro Ókánbí 2012
Dia:17/01/2012 às 19hs
Local: Praça das Artes (Pelourinho)
Entrada Franca




sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Mãe Stella: Que orixá rege o ano?



por: Maria Stella de Azevedo Santos

Este é um artigo que possui objetivo esclarecedor. Tentarei tornar compreensível um assunto que surge todo princípio de ano. A imprensa faz reportagens e as pessoas indagam uma das outras ou perguntam a si mesmas sobre o orixá que influenciará o novo ano que surge. Fazem isso na tentativa de adivinhar o que é preciso ser DIVINADO.

Adivinhar é fazer conjecturas sobre um tema usando a intuição, o que todo ser humano pode fazer. Divinar, todavia, é entrar em comunicação com o sagrado, através de rituais guiados por sacerdotes. É claro que todo ser vivo, por possuir uma parcela divina, é capaz de se conectar com os deuses. Mas a utilização de oráculos, os quais fornecem informações mais precisas sobre o destino da comunidade, requer uma preparação especial e um estilo de vida que propicia à intuição, inerente a todos, apresentar-se de maneira muita mais clara. A intuição se transforma aqui em revelação: quando os véus que encobrem os mistérios são retirados pelos deuses, a fim de que nossa jornada aconteça de uma maneira orientada e, assim, possamos cumprir a tarefa que nos foi legada com o mínimo de percalços possível, o que torna a vida bem mais leve.

Os leitores acostumados com os artigos que escrevo poderão estranhar a formalidade deste texto. É que "há tempo para tudo": para contar anedotas, falar poesias, refletir sobre a vida... Esse tema pede seriedade! Faço isso porque creio ser a imprensa o meio ideal para esclarecer assuntos, que só não são melhor comentados por falta de oportunidade e conhecimento. Tendo agora essa oportunidade que me é dada pelo jornal A TARDE não quero desperdiçá-la. Mesmo tendo eu a consciência de que nada se modifica de um dia para o outro, aproveitarei o momento para tentar fazer com que a população melhor compreenda as respostas do oráculo trazido pelos africanos para o Brasil, esperando que as sementes aqui jogadas possam um dia florescer e dar bons frutos.

A pergunta correta não é qual o orixá que rege o ano, e sim qual o orixá que rege o ano para aquelas pessoas que cultuam estas divindades e estão vinculadas à comunidade em que o Jogo de Búzios foi utilizado. Se isso não for bem esclarecido e, consequentemente, bem compreendido, parece que todos os sacerdotes erram em suas respostas, uma vez que uma Iyalorixá diz que o orixá do ano é Iyemanjá, enquanto outra diz que é Oxum, ou um Babalorixá diz que é Oxossi. Mesmo correndo o risco de o texto ficar enfadonho, insistirei em alguns pontos, a fim de elucidá-los melhor. No nosso Terreiro, o Ilê Axé Opo Afonjá, o regente do ano 2012 é Xangô. A referida divindade, que se revelou no Jogo feito por mim, não está comandando o mundo inteiro, nem mesmo o Brasil ou a Bahia. Ela é o guia das pessoas que, de uma maneira ou outra (mais profunda – como é o caso dos iniciados; ou mais superficial – os devotos que freqüentam a "Casa"), estão vinculadas a mim enquanto Iyalorixá, ou ao Terreiro em questão.

O leitor, diante dessa explicação, poderá ficar confuso e sentir necessidade de perguntar: "E eu, que não cultuo orixá e não tenho relação com o Candomblé, não serei orientado nem protegido por nenhuma divindade?". A resposta é: Claro que sim! Por aquela que você cultua ou acredita. Um católico, ou um protestante, será guiado pelos ensinamentos de Jesus; um budista, pelas sábias orientações de Buda... Outra pergunta ainda poderá surgir: "E quanto às pessoas que não são religiosas, elas ficarão a toa?". Não, é claro que não. Essas serão guiadas e orientadas pela natureza, que é a presença concreta do Deus abstrato. Seus instintos, protegidos por suas cabeças e corações, conduzirão suas vidas de modo que seus passos sigam sempre na direção correta.

Que Xangô – divindade da eloqüência, da estratégia, do fogo que produz o movimento necessário a todo tipo de prosperidade – possa receber, de meus filhos espirituais, cultos suficientes para que fortalecido possa torná-los cada vez mais fortes para enfrentar as intempéries que todo ano traz consigo. Obrigado Ano Velho pelas experiências passadas para Ano Novo.

Maria Stella de Azevedo Santos é Iyalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá

"Yalorixás no Século XXI" nos Barris



No período de 10 a 31 de janeiro, a Biblioteca Pública do Estado da Bahia recebe a exposição "Yalorixás no Século XXI". O trabalho é resultado da pesquisa etnográfica do fotógrafo Alberto Lima sobre yalorixás e suas respectivas casas de culto. São retratos de "mulheres de santo" baianas que, no contexto pós-moderno tornam-se triplamente mães, não só de seus filhos biológicos e do axé, mas também da comunidade, agregando funções como de educadora, rezadeira, costureira, produtora de moda, guardiã dos segredos do axé que consolidam essas mulheres como referência na formação cultural da comunidade e, por consequência, disseminadoras dos valores da cultura africana.

Onde: Foyer (térreo)
Quando: 10 a 31, das 08h30 às 21h

Aberta seleção para "Rainha do Carnaval 2012 "



As interessadas em participar do concurso que vai eleger a Rainha do Carnaval 2012 têm até o dia 21 de janeiro para efetuar a inscrição para o concurso. A promoção e realização é do Fórum Internacional de Comunicação de Ecologia e Turismo (Ficet).

Para fazer a inscrição, a candidata deve acessar o site www.rainhadocarnavalsalvador.com.br ir na página inscreva,imprimir a ficha de inscrição para preencher.Precisa ter os seguintes requisitos: ter mais de 18 anos, medir acima de 1,65, ter concluído ou estar cursando o ensino médio. Os documentos exigidos no ato da inscrição são: cópia da carteira de identidade, certificado escolar, uma foto de corpo inteiro em trajes de banho e uma de rosto que não seja 3 x 4. A taxa de inscrição é de R$ 150,00 e a eliminatória será no dia 22 de janeiro,

Local para inscrição: Di Paula Sob Medida . Rua João Gomes, 87 Free Shop Rio Vermelho.Telefones 71-3016-4995 e 71- 9982-4994.




quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

João Sá chega "Na Palma da Mão" em 2012



SERVIÇO

LOCAL :SEDE DA ABCD (NA RUA SITIO POMBAL AO LADO DO PQ DE PITUAÇU -ENTRADA PELA ORLA)

DIA :07 /01/2012 , 13 HS

O QUÊ: PROJETO " CELEBRAÇÃO NA PALMA DA MÃO " - UMA MESA DE SAMBA COM FEIJOADA , CERVEJA E BATUCADA BOA

INFORMAÇÕES :(71) 8725-0029 / 8145-8085 /9996-2129

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