O samba inconfundível de João Bosco estará no centro das comemorações do 37º aniversário do Ilê Aiyê, que acontecerá na próxima segunda-feira (1º de novembro), com uma grande festa na Senzala do Barro Preto, no Curuzu. Como já é tradição, antes da festa na Senzala os percussionistas do bloco saem em cortejo da praça do Plano Inclinado da Liberdade até a sede da entidade.
O espetáculo integra o Projeto Blackatitude, que conta com o patrocínio da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), por intermédio do Fazcultura, e da Vivo, através do Conexão Vivo. A festa na Senzala do Barro Preto está marcada para as 22 horas, e terá ingressos a R$ 40 e R$ 20 (pista), e R$ 50 (camarote).
O momento do encontro entre João Bosco e o Ilê Aiyê é especial. O compositor fará uma retrospectiva de sua carreira e apresentará as músicas do seu último disco, "Não vou para o céu, mas já não vivo no Chão", em que retoma a parceria com o compositor carioca Aldir Blanc.
A comemoração contará ainda com a participação especial do grupo Samba das Moças, que tem um trabalho focado no samba de roda do Recôncavo baiano.
Expo Xangai
Em uma ação do governo da Bahia, por meio da SecultBA, o Ilê Aiyê participou recentemente da Expo Xangai 2010, maior feira das nações da história, que reuniu na China 190 países e 50 organismos internacionais. O evento, de caráter essencialmente cultural e popular, promoveu o desenvolvimento e a cooperação internacional por meio de intercâmbio cultural, econômico e tecnológico.
Com o tema “Cidade melhor, vida melhor”, a Expo Xangai é a primeira focada na questão urbana. O Ilê Aiyê representa o nosso Carnaval Ouro Negro, programa da SecultBA que fomenta e fortalece a presença da expressão cultural de matriz africana no carnaval de Salvador. Para representar este valioso universo, o Ilê Aiyê se apresentou mostrando a razão de ser conhecido como a “Pérola Negra” da cultura baiana.
História
Primeiro bloco afro da Bahia, o Ilê Aiyê inicia sua história em 1º de novembro de 1974, no Curuzu-Liberdade, bairro de maior população negra do país, onde vivem cerca de 600 mil habitantes. O bloco nasceu no espaço sagrado do Terreiro de Candomblé de nação gêge-nagô Ilê Axé Jitolu, sob o comando de Mãe Hilda dos Santos.
Apesar de profano, o Ilê Aiyê herdou os fundamentos e princípios do candomblé, como a compreensão da convivência social, o respeito aos mais velhos e o aproveitamento da simbologia para suas canções, toques, adereços e figurinos, sem ferir os fundamentos religiosos.
Como uma agremiação da comunidade negra, firmou-se como um dos principais agentes no resgate da autoestima e elevação da consciência da população negra da capital da Bahia.
Conexão Vivo
Assim como o projeto Blackatitude, dezenas de projetos musicais de todo o país fazem parte do Programa Conexão Vivo, que reúne shows, festivais independentes, gravação de CDs e DVDs, produção de videoclipes, programas de rádio, oficinas e seminários, compondo uma rede nacional e permanente de atividades culturais, que envolve gestores e produtores culturais, iniciativas públicas e privadas.
Informações: (71) 2103-3400
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