quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

"O jardineira por que estas tão triste...? " Camarotes absurdos em Salvador


"O jardineira por que estas tão triste...Mas o que foi que te aconteceu...Foi a Camélia que caiu do galho...Deu dois suspiros e depois morreu" já disse Orlando Silva em sua marchinha de Carnaval composta por Benedito Lacerda e Humberto Porto.
Pois é amigos...Se pensarmos na letra desta música enquanto somos " cidadãos / foliões" de Salvador "vamos cair do galho" das árvores para tentar dançar e ver nossas bandas preferidas no período do desfile do Carnaval 2010.
Não é preciso ir muito longe para entender a situação e ficar sem graça ao passear pelas ruas do Centro da cidade e na Orla de Salvador nesta época do ano.
Camarotes com estruturas dignas de " faraó" são montados todos os anos desde que a Prefeitura se perdeu e se vendeu as marcas de blocos e cervejarias.
Com seus preços ditos como "all inclusive" para somente turistas e empresários p na cidade neste período, o brilho do Carnaval do Rei Momo e da Rainha de corpo escultural se perdeu.
A ornamentação é um fiasco, o serviço de segurança criado para quem está dentro dos blocos mais nos faz lembrar as filas de " escravos em navios negreiros" e tudo agora é hipocritamente colocado em pauta nas vésperas do Carnaval 2010.
Alguém pode me explicar que cidade é essa que paga R$ 30 ( arredondando) a jovens e idosos de 18 a 60 anos , denominando eles de " cordeiros" para "ludicamente" proteger turistas e a classe média alta em 7 dias de Carnaval?
Pois é ...esta cidade é Salvador .Nela isso é dito como profissionalização e capacitação de profissionais no mercado informal. Quer mais?...lhe dou meu leitor...
O que diria Osmar Macedo ao encontrar seu povo as margens das ruas e não atrás da sua criação - o Trio Elétrico?
Prefeitura e Governo do Estado estam na política do " FARINHA POUCA...MEU PIRÃO PRIMEIRO" e assim fazem o povo acreditar que tudo será parte de uma LINDA homenagem aos 60 anos de criação do Trio Elétrico feito e criado para todos e que poucos tem acesso.

* texto Patrícia Bernardes

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