Em todo o Brasil, 25 mil trabalhadores negros e afrodescentes terão acesso exclusivo a cursos profissionalizantes do Plano Setorial de Qualificação. Lançamento oficial coincide com os 121 anos da Abolição.
Em Salvador são disponibilizadas cerca de 2.165 vagas para os Cursos do Planseq.
O lançamento do Planseq faz parte do pacote de ações afirmativas para a promoção da igualdade racial anunciado hoje pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), data em que se comemora os 121 anos da Abolição da Escravatura. As ações buscam o desenvolvimento econômico e social do país com igualdade de gênero e de raça.
Um dos destaques do Planseq é o curso de cuidador de pessoas com doenças falciformes. Também haverá vagas para ocupações de atendente de lanchonete, borracheiro, carpinteiro, costureira, eletricista, empacotador, gerente de supermercado, operador de caixa, operador de telemarketing, recepcionista, repositor, supervisor e vendedor.
O secretário-executivo do MTE, André Figueiredo, participou do evento, onde entregou ao ministro de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Edson Santos, relatório com a definição das vagas e locais onde serão implementados os cursos do Planseq. Figueiredo representou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
"A constituição desse Planseq foi um trabalho formatado pelo MTE e a SEPPIR. Esse movimento representa a materialidade de uma luta histórica para que um afro descendente tenha acesso à programas de qualificação profissional", disse o secretário-executivo.
Conforme o relatório, a comunidade negra e afrodescendente apresentam os piores índices de empregabilidade, os menores salários, a mais baixa formação educacional e, ao mesmo tempo, ocupa a cabeceira das estatísticas de desemprego.
"Esse é um momento de reflexão. Hoje estamos aqui assinando uma série de ações no âmbito do governo. É bastante propicio para mostras que a condição de escravidão não ofereceu ao homem negro a liberdade em seu conceito mais amplo, que é o direito do homem poder manter e reproduzir e fazer suas opções sem a vontade do outro", destacou Santos.
Entre as medidas anunciadas pela SEPPIR, está o lançamento do Plano Nacional de Implantação da Lei nº 10.639 , desenvolvido pelo Ministério da Educação. A lei, aprovada em 2003, insere o ensino da cultura africana e afro-brasileira nas escolas de todo o país, do ensino fundamental ao superior, nas redes pública e privada de ensino.
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