terça-feira, 30 de março de 2010

16 anos em " Alerta Geral"


Valorização do Samba. Esta é a fórmula do sucesso do Bloco Alerta Geral em seus 16 anos de existência. Formado por um grupo de amigos e seus instrumentos de percussão, o Bloco Alerta Geral tem sua “concentração” no bairro Campo Grande há 16 anos e deixa clara a sua garra e luta pela valorização do samba em Salvador.

A história do samba em Salvador e a criação do Bloco Alerta Geral caminham juntas. Conhecido anteriormente como “Alerta Mocidade”, o bloco criou força ao protestar nas ruas do Centro da cidade contra o fim dos desfiles das Escolas de Samba. Integrantes das Escolas de Samba do Tororó e da Escola de Samba do Garcia levavam o brilho do ritmo que animava pessoas de todas as faixas de idade e classe social da época. Atentos a esta situação, já em 1995, José Luís (Arerê), Nelson Rufino e Guilherme Simões deram o “ponta pé” inicial no bloco que se transformaria em bloco de referência de samba para artistas locais e nacionais.

Compositores e cantores respeitados nacionalmente como Almir Guineto, Beth Carvalho, Délcio Luz, Edil Pacheco, Jorge Aragão, Grupo Fundo de Quintal, Leci Brandão, Arlindo Cruz, Dudu Nobre, Neto Bala, Mariene de Castro, Valmir Lima e Diogo Nogueira são alguns dos artistas que já passaram pelo Trio do Bloco Alerta Geral.

Em 2005, o bloco inaugura sua sede própria localizado no bairro do Politeama e, dessa forma apoiar os artistas e bandas de samba de Salvador. Em 2009 , a diretoria do Alerta Geral é homenageada pela Câmara Municipal de Salvador com uma placa comemorativa pelos esforços pela valorização e profissionalização do samba de raiz ao longo dos seus 15 anos de existência.

Em 2010, a receita do sucesso do Bloco Alerta Geral ganha um novo sabor. A cantora Dhi Ribeiro é convidada para subir ao trio do bloco junto com o cantor e compositor Arlindo Cruz e o Grupo Fora da Mídia. Desta forma, o desfile dos “16 anos” do Alerta Geral ficou ainda mais bonito levando pelas ruas do Centro de Salvador, seus associados vestidos de branco e azul e usando na cabeça o símbolo da resistência do samba desde a sua criação: o chapéu de “malandro” usado pelos bambas do samba.

* texto Patrícia Bernardes

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