O Reveillon de 2011 teve um gosto amargo para os filhos e filhas da casa de axé Ilê Axé Iji Omin Toloyá, localizada em Areias, Camaçari, município componente da Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Armado com um porrete, um evangélico invadiu o lugar e destruiu artefatos religiosos de valor inestimável. Acuado dentro de casa, onde se refugiou, o babalorixá José Livramento Júnior chamou a polícia, que deteve o agressor. Porém, enquanto a viatura estava a caminho, o estrago foi grande.
Após ter destruído a casa dos santos, lugares dedicados a preces e rituais, Gilton avançou furioso sobre um veículo Gol, de propriedade do babalorixá. Em seguida, destruiu completamente uma máquina de lavar, que ficava numa lavanderia fora da casa.
Após lançar sua fúria sobre bens simbólicos e materiais, o rapaz tentou invadir a casa de Livramento, tentando arrombar a porta.
De acordo com relatos do pai de santo, ele gritava que teria vindo salvar as pessoas do ‘inimigo’. “Não tenha dúvida da dor, que todos estamos sentindo, mas sabemos também da capacidade histórica que nosso Povo sempre teve e tem para enfrentar todas as formas de violência orquestradas contra nossa fé e patrimônio que herdamos dos nossos ancestrais”, pondera o sacerdote.
“Estou aqui de pé diante da dor e luta, de joelhos no chão diante de meu Pai Omolu e acolhido pelos meus”, lamenta.
Fonte/Texto :
Luiz Souza
Jornalista
DRT-Ba: 2537
A notícia acima, propalada por meu irmão de Sangue e de Santo, Luiz Carlos, Jornalista que dedicou seu tempo e sentimento para divulgar uma imensa violência que nós sofremos no último dia 31, com a destruição parcial do Terreiro de um Sacerdote sério, dedicado, amoroso e responsável, chamado José Livramento.
Pai Livramento de Omolu, que é meu Pai Pequeno (pessoa diretamente envolvida no meu processo de Feitura de Santo no Terreiro Ilê Asé Obanã, sob a responsabilidade de nosso Babalorixá, Flaviano de Nanã) luta para reerguer o Ilê Axé Iji Omin Toloyá, seu Terreiro, após um ato de profunda violência, provocada por um sujeito Evangélico filiado a uma destas igrejas neo-pentecostais que, como se vê nas fotos, destruiu objetos de culto, absolutamente sagrados para nós, Candomblecistas, além de vários objetos de valor material, inclusive o carro do Sacerdote Livramento.
Pedimos a todos e todas que assim puderem e quiserem fazer, que divulguem o fato, a fim de que se possa impedir que o silêncio dos destrua.
Sabemos que muitos e muitos irmão e irmãs evangélicos e de tantas outras religiões nos respeitam e sabem conviver positivamente com as diferenças. Mas este não soube e, na sua ignorância, destruiu mais que objetos, ele atingiu afetos, sentimentos e Asé.
Os que puderem nos ajudar, depositando qualquer quantia para a reconstrução das coisas destruídas, por favor, depositem quanto e durante quanto tempo vocês puderem.
Ag.2968-8,
C/C.31.340-8,
Banco do Brasil,
Nome :José Livramento Silva Júnior
Muito Grata,
Prof.ª Dr.ª Lívia Natália
Adjunto I de Teoria da Literatura da UFBA
Um filho da p$#& desses entra num recinto privado e sai quebrando tudo como se fosse um doente metal ou um homem das cavernas e depois quem anda com o demônio somos nós candomblecistas???!!!
ResponderExcluirUm infeliz desses tinha que ser levado, preso e processado, para aprender a amar a respeitar o seu próximo como a ele mesmo... hunf!
A nossa religião não acredita em diabos, no entanto ha séculos é vitimada por pessoas que são a encarnação do mesmo se ele de fato existice. E sempre sobreviveu e vai continuar sobrevivendo. Não precisamos pregar a nossa fe na porta de ninguem. Mesmo com as nossas portas fechadas as pessoas batem e pedem ajuda. E nos ajudamos sem perguntar se a pessoa cre ou não no Orixa. Mas do ponto de vista prático, quais as providencias que foram tomadas, a autoridade de plantão prendeu o indivíduo? Se puderem informar o nº do inquerito e o dp que esta responsavel agradeço pois assim poderei solicitar que as entidades da minha região oficializem o MP federal para acompanhar de perto isso. Quanto mais mobilização melhor.
ResponderExcluirteixeiramarciog@ig.com.br