escrito
por Patrícia
Bernardes , jornalista , filha de Iroko , ekedji suspensa de Nanã do
Ilê Axé Ewà Omin Nirê .
Nascemos
pautados nas coisas consideradas imprescindíveis em nossas vidas e nos
deparamos com a vontade vocacional de nosso orixá. Ser filha de orixá é algo
tão forte e terminamos por desconstruir quem somos para vivermos a essência
dele em nossas vidas.Nascemos das águas do ventre de nossa mãe de sangue para
acolher o amor e as diferentes personalidades de nossos irmãos de orixá dentro
de um Terreiro . Algo maior e mais intenso nos faz permanecer naquele núcleo de
devoção espiritual por anos e anos e vivenciamos livramentos e desafios que o
orixá coloca em nosso caminho sem entender, a olho nu , como escapamos daquela
situação.
Abiã é
filho forte do orixá quando ele entende que não nasceu para o orixá no roncó
mais vive para ele (orixá) dentro e fora do seu Terreiro. Ninguém jamais
entenderá o seu chamado para ser serva fiel de orixá a não ser aqueles que
vivem o orixá tão quanto você . Amizades aparentes desaparecem , amores vazios
desaparecem como forma de misericórdia e bondade de nosso orixá em nossas vidas.
Quem nos afasta de nossa fé não permanece no nosso caminho;mesmo se tratando de
um abian , um yao ou ebomi que é servo fiel do seu orixá .
O chamado
do nosso orixá é para escrever o nosso futuro e não nos aprisionar no passado.
Ele é o nosso pai, amigo e sempre desejará o nosso bem .Olhar para o alto é ter
a certeza de que o que está escrito no céu concretizará em nossa vida aqui na
Terra. Tudo é uma questão de obedecer e acolher a missão que está sendo nos
dada.
Iroko nos
guarde em seu tempo de aprendizado ontem,hoje e sempre .
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