terça-feira, 31 de agosto de 2010

Morreu em 31 de agosto Dalva de Oliveira

Dalva de Oliveira (Vicentina de Paula Oliveira), cantora, nasceu em Rio Claro-SP, em 5/5/1917, e faleceu no Rio de Janeiro-RJ, em 31/8/1972. Filha do carpinteiro, saxofonista e clarinetista Mário Oliveira, desde pequena acompanhava o conjunto amador do pai, os Oito Batutas, nas serenatas e festas de clubes em que se apresentava. Aos oito anos, quando ele morreu, foi mandada com as três irmãs para um orfanato, o Colégio Tamandaré, onde aprendeu piano, órgão e canto coral.

Três anos depois, largou os estudos, por causa de uma doença nos olhos. Foi para São Paulo, onde a mãe já trabalhava como governanta, e empregou-se como babá, arrumadeira, ajudante de cozinheira e, mais tarde, cozinheira do Hotel Metrópole. Em seguida, passou a fazer limpeza numa escola de dança, em que, após o serviço, costumava cantar e improvisar músicas ao piano. Ouvida por um dos professores, foi convidada para participar de uma turnê com o grupo de Antônio Zovetti.

Em 1970 lançou a marcha-rancho Bandeira branca (Max Nunes e Laércio Alves), que fez sucesso no Carnaval. No ano seguinte, apresentou-se no Teatro Teresa Raquel, no Rio de Janeiro. No fim da carreira, novamente em evidência, apresentou-se em televisão, shows e casas noturnas.

* Blog Cifra Antiga


"Rei do Ritmo" deixa saudades na MPB

Jackson do Pandeiro, nome artístico de José Gomes Filho (Alagoa Grande, 31 de agosto de 1919 – Brasília, 10 de julho de 1982), foi um cantor e compositor de forró e samba, assim como de seus diversos subgêneros, a citar: baião, xote, xaxado, coco, arrasta-pé, quadrilha, marcha, frevo, dentre outros. Também era chamado de O Rei do Ritmo.

O fato de ter tocado tanto tempo nos cabarés aprimorou sua capacidade jazzística. Também é famosa a sua maneira de dividir a música, e diz-se que o próprio João Gilberto aprendeu a dividir com ele.Muitos o consideram o maior ritmista da história da Música Popular Brasileira e, ao lado de Luiz Gonzaga, foi um dos principais responsáveis pela nacionalização de canções nascidas entre o povo nordestino.

Sua discografia compreende mais de 30 álbuns lançados no formato LP. Desde sua primeira gravação, "Forró em Limoeiro", em 1953, até o último álbum, "Isso é que é Forró!", de 1981, foram 29 anos de carreira artística, tendo passado por inúmeras gravadoras.

* Wikipédia

domingo, 29 de agosto de 2010

Jorjão Bafafé avalia a Africanidade Musical na Educação

Em entrevista neste sábado (28) Jorjão Bafafé falou sobre a questão do ensino da Africanidade Musical para crianças e jovens das Comunidades de Salvador.
Jorjão Bafafé é Músico ,Percussionista e Coordenador Artístico do Ponto de Cultura Afro-Brasileira (Engenho Velho de Brotas /Salvador).

* Patrícia Bernardes


sábado, 28 de agosto de 2010

V Feira Feijão e Samba

Alaíde do Feijão: Mulher Ancestral


Alaíde do Feijão representa aquela mulher de tempos antigos, a tia da comunidade, dos bairros periféricos. Aquela tia que quando a nossa mãe saia para trabalhar ela lá estava a observar os filhos e perguntar o que ele estava fazendo na rua até tal hora da noite e dar bons conselhos. Sempre alerta, cuidou da juventude negra em épocas que o Estado Brasileiro não reconhecia o que era ser negro.

Esta querida mulher sempre sabia como ser dura e doce, enérgica e amável. Carregada de conhecimento tradicional, e forjada na Faculdade da Vida, do Gueto, do Mundo. Alaíde vendeu muito feijão para sobreviver e para garantir até hoje a sobrevivência de muitos. Mas não falo de um feijão qualquer, a delícia de saborear o Feijão de Alaíde, não é tão somente pelo sabor, mas pela dignidade, pela batalha, pelos temperos espirituais e sentimentais invisíveis, mas atávico à nossa tradição. Pelo bate papo gostoso e aprendizado passado a cada garfada. Na verdade o seu feijão não alimenta o nosso corpo, mas a nossa alma, e a cada dedo de prosa, temos a mais completa certeza de que apesar de tudo, vale a pena viver e pedir a benção a cada momento que Alaíde dá um conselho.

Alaíde é uma ilustre filha da Ilha de Itaparica e conhece o Movimento Negro Baiano mais do que qualquer tese de doutor da academia formal. Ela lê nas entrelinhas, e mais do que isto, posso afirmar, que todo militante negro baiano ao passar por momentos de dificuldade nas suas batalhas diárias já foi lá naquele cantinho aconchegante do Pelourinho onde está instalado o Feijão da Alaíde, se reconfortar em uma mesinha onde Alaíde fica sentada como a esperar para dar consultas com um cuidado e responsabilidade ancestral. Lá diariamente está sentada Alaíde do Feijão, e na sua panela do saber está a receita dos conselhos de mestra, de mãe, de tia de comunidade, de egbomy do Axé.

Alaíde é minha mestra, e este texto pode não garantir um único voto, pode até não ser lido, ou ser tratado de forma descartável. Mas tem um significado muito especial para mim. Significa dizer para o mundo que Alaíde é minha mãe. A Mãe Preta que cuida, que zela, que passa a mão no telefone para saber como eu estou, por que sumi, o que estou fazendo, para me confortar. Para, através destes gestos me mostrar que a vida é dura, mas que ela ainda é capaz, e muitíssimo capaz de amar e me ensinar a amar e manter a chama viva. E que no final de cada batalha posso ir lá e ela estará pronta e a postos para cuidar das minhas feridas e fazer cicatrizar as dores da alma. Não em postura passiva, mas na sabedoria de quem me mandou para a o campo de batalha, e eu sei muito bem quem comanda a frente.

Este texto é tão somente para dizer e declarar ao mundo a minha querência por Alaíde do Feijão, e principalmente agradecer por tudo!

Alaíde, eu voto em ti com toda a certeza para 3 coisas: ser premiada pela Fundação Cultural Palmares, ser Presidente do Brasil e com mais certeza ainda para ocupar a cadeira do Conselho de Segurança da ONU, pois já a vejo lá, sentada naquele cantinho, dando bons conselhos para o mundo se manter em paz, e quando perguntarem a ela como está a sua vida, sei que irá desconversar, como a querer dizer a vida é dura, mas é a que se tem e a que devemos amar e tocar como uma grande orquestra afro. A nos mostrar que a sua passagem por aqui é para se doar, e doar, doar, doar. Ensinando-nos sempre que o amor não tem limites e que apesar de cada não, de cada dor que nos invade somos nós a alegria da cidade.

escrito por Marcos Rezende/Ogã de Ewá do Ilâ Axé Oxumarê
Coordenador Geral do CEN

Eleições 2010 é discutida em Afroblog



O sítio Questão Pública é uma experiência interessante que certamente vai contribuir para melhorar nossa participação na política com as ferramentas que a internet vem possibilitando. Ainda tem limitações quanto ao número de estados abrangidos, mas dá para responder ao questionário sobre temas polêmicos.

Segue o texto conforme publicado:

"Organizações não governamentais de combate à corrupção lançaram ontem (26) um site para ajudar a orientar o eleitor nas próximas eleições. A plataforma permitirá ao cidadão saber as opiniões dos candidatos de seu estado sobre questões polêmicas.

A página funciona com um questionário de 35 perguntas sobre temas como aborto, impostos e maioridade penal, entre outras. O questionário foi enviado hoje para todos os candidatos do país ao Senado – cerca de 190 após as impugnações provocadas pela Lei da Ficha Limpa. As perguntas foram feitas por mais de 60 instituições de defesa dos direitos das mulheres, dos negros e dos homossexuais, entre outras. O eleitor poderá ler as respostas dos políticos que estão pleiteando uma vaga e também responder às questões.

“ O que nos interessa é usar a tecnologia como instrumento de transparência, e não é botar lenha na fogueira nem acirrar a disputa entre os candidatos. “O que nos interessa é alargar a participação popular no processo democrático”, disse o diretor do Instituto Ágora, Gilberto de Palma. O Ágora é uma organização não governamental que acompanha dos legislativos estaduais e o Congresso Nacional.

Link: http://afroblogs.blogspot.com/2010/08/questao-publica-qual-e-sua.html

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Lideranças comunitárias debatem Parque Tecnológico da Bahia




Aconteceu na manhã desta quinta-feira (26) no Auditório Dom Elder Câmara no Centro de Referência e Promoção Social e Capacitação / Espaço Avançar (Bairro da Paz), a I Oficina da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (SECTI) com as Comunidades Entorno do Parque Tecnológico da Bahia. Fizeram parte desta Oficina os representantes da Comunidade do Bairro da Paz, Mussurunga, Vila Verde, os engenheiros da Empresa Planos Leandro Pinheiro Andrade e Paulo Roberto Souza Rocha além de Antero de Souza Filho, Diretor de Tecnologia para o Desenvolvimento Sócio-Ambiental da SECTI.

Um vídeo coorporativo com finalidade exploratória sobre as definições e os avanços tecnológicos da humanidade foi mostrado para as lideranças presentes, a fim de auxiliar nas questões referentes ao direcionamento da Oficina do Plano Diretor do Parque Tecnológico da Bahia e a Implantação dos Grupos de Idéias Formadoras e Transformadoras (GIFTs) de cada comunidade ao redor da construção do Parque.

O processo destes GIFTs acontecerá inicialmente através de urnas de sugestões instaladas nos Centros Comunitários das Comunidades para que posteriormente estas sugestões sejam debatidas em reuniões e assim haja uma formalização destas idéias para ser levadas a SECTI e ao Governo do Estado . Os GIFTs serão formados por professores, jovens atuantes na comunidade, agentes líderes da comunidade e/ou agentes do Meio Ambiente.

Na ocasião Paulo Rocha e Leandro Pinheiro, Supervisores das Obras do Parque Tecnológico, funcionários da Empresa Planos Engenharia, explicaram de forma simples e clara quais as atribuições do empreendimento e seus desafios e benefícios para as comunidades do Bairro da Paz, Mussurunga e Vila Verde.Questões quanto à importância da capacitação da mão de obra para trabalhar no local, os benefícios das tecnologias de inovação para as gerações futuras de cada comunidade também serviram para ilustrar a mesa de debate entre líderes e representantes da SECTI.

Antero Filho, Diretor de Desenvolvimento Sócio-Ambiental da SECTI colocou em fala breve a contribuição significativa do uso das tecnologias enquanto acessibilidade de informações em benefício da própria comunidade. O gestor explicou para lideranças presentes a recompensa imediata proveniente da organização da comunidade através dos GIFTs.

Carlos Santos, representante do Bairro da Paz, aproveitou para expor suas reivindicações para que o Parque T. seja mais bem visto pelos moradores do local diante do impasse no diálogo ainda distante entre Governo e lideranças locais. Aproveitando a ocasião, Carlos entregou a Antero de Souza (SECTI) alguns ofícios com solicitações para melhoria na comunidade.

Representantes do Espaço Cacto & Trevo (ONG Mussurunga) também fizeram solicitações quanto ao local alugado para a capacitação digital de cerca de 130 jovens assistidos no bairro de Mussurunga. Segundo Luzimar Soares e Miriam Soares foram entregues pelo Governo do Estado os equipamentos necessários para as Oficinas de Inclusão Digital no local mais necessitam de manutenção.

O Diretor da SECTI presente no local se comprometeu a reavaliar a situação da ONG e viabilizar o conserto do maquinário para realização do Curso de Inclusão Digital no local.

* texto Patrícia Bernardes

Comunidades discutem a presença do Parque Tecnológico

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

"Black Atitude 2010" no Curuzu


Que a Senzala do Barro Preto (Curuzu) é local conhecido pela diversidade musical ,os baianos já sabem.
A novidade agora é o "Afrorró", ação afirmativa da "Black Atitude 2010" que promete agitar a Sede do Bloco Afro Ilê Aiyê dia 04 de setembro. O evento é parte da programação do Conexão Vivo 2010 e vai misturar os tambores da Band'Aiyê com a sanfona da Estakazero.
Segundo os organizadores da festa, os tambores do Bloco Afro Ilê Aiyê é o ingrediente certo para a receita musical de sucesso que já percorre o mundo há 37 anos. Misturar ritmos e divulgar a Cultura Afrodescendente é a palavra de ordem na Senzala do Barro Preto, afirma os diretores e associados do Bloco.

Salve a Música!

Salve a União dos Povos Negros !

Salve a Cultura Popular!



Serviço:

Onde: Senzala do Barro Preto (Curuzu)
Quem: Band'Aiyê ,Estakazero e Grupo Movimento .
Quando:04.09.2010
Quanto:R$10 e R$30 (camarote)
Informações: (71) 2103-3400


* texto Patrícia Bernardes

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Encontro Ófin ni Olope reune educadores no Opô Afonjá


O Terreiro Ilê Axé Opó Afonjá, fundado em 1910 por Eugênia Anna dos Santos (Mãe Aninha), comemora um século de existência sediando encontro com secretários da educação dos municípios baianos no dia 26 de agosto, no próprio Terreiro, no bairro de São Gonçalo, em Salvador. Promovido com a parceria da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, o encontro Ófin no Olope (Lei em Ação) traz na pauta o debate sobre a implantação da Lei nº 10.639|2003, que inclui História e Cultura Afro-Brasileira como ensino obrigatório no currículo oficial das redes de educação do Brasil.

Na oportunidade, acontece o lançamento do livro didático Epé Laiyé – Terra Viva, de autoria de Maria Stella de Azevedo Santos, conhecida nacionalmente como Mãe Stella de Oxossi. A Secretaria da Educação do Estado da Bahia já adquiriu cinco mil exemplares do livro.

O livro Epé Laiyé já vem sendo utilizado na Escola Eugênia Anna dos Santos. Municipalizada em 1998, esta escola funciona há mais de 30 anos dentro do Terreiro Ilê Axé Opó Afonjá e é uma referência nacional na implementação de leis e diretrizes que tratam da Educação para as relações étnico-raciais.O Epé Laiyé aborda questões sobre meio ambiente de maneira lúdica, trazendo as entidades da religiosidade afro-brasileira como personagens de uma aventura ecológica, para enfatizar a importância da preservação da natureza.

Encontro Ófin ni Olope

10.639: Lei em Ação

Programação 26 DE AGOSTO DE 2010

9h – composição da mesa/ bênçãos da Ialorixá Mãe Stella de Oxossi

9h20 - A Lei nº 10.639 no Estado da Bahia – Secretaria da Educação do Estado da Bahia

9h40 – A Lei nº 10.639 na Cidade de Salvador - Secretaria Municipal da Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Salvador

10h – Intervalo/café

10h15 - Apresentação musical do Griô Dudu Rose

10h30 – Palestra: Tradição oral e escrita - Prof. Mestre Carlos Alberto Caetano

11h – Roda de diálogos: desafios para a implementação da Lei

12h – Almoço

Exposição de livros ligados à cultura afro-brasileira

13h30 – Oficina Pwer-Provér

15h – intervalo/café

15h30 – Oficina Epé Laiyé

17h – encerramento com Mãe Stella


Fonte: Secretaria de Educação do Estado da Bahia